Você sempre quis jogar um game em que oito pessoas controlam os tentáculos de um polvo? Que tal um em que você joga como um pombo e voa de prédio em prédio, convencendo executivos a não se suicidarem? E um no qual o “pause” é sua única arma?
Agora, graças à maratona de desenvolvimento “What Would Molydeux“, da semana passada, você pode jogar esses e centenas de outros tão bizarros quanto.
O que começou como uma piada do Twitter explodiu e tornou-se um fenômeno global com centenas de desenvolvedores de todo o mundo unindo seus talentos para atingir níveis sem precedentes de ridículo.
A idéia era simples: se reunir e passar 48 horas transformando as idéias ridículas de “Peter Molydeux”, um perfil falso inspirado no famoso produtor Peter Molyneux, em protótipos de jogos reais.
O evento foi um absoluto sucesso – transmissões ao vivo da maratona foram feitas em vários lugares e overdadeiro Molyneux apareceu na sede do evento, em Brighton, Inglaterra. Então a iniciativa foi bastante popular. Mas o que dizer dos jogos? No final da semana cada equipe apresentou seu projeto acabado. Eu assisti às apresentações na sede de San Francisco, nos EUA, que foi certamente uma das maiores.
Havia uma vibração meio animada, meio pateta no ar. Estávamos em uma sala quente e lotada nos escritórios da CBS Interactive, no centro da cidade. A sala estava agitada com a camaradagem exausta do último dia da maratona. Todas as piadas internas e lembranças do final de semana estavam sendo repetidas constantemente e todos estavam aproveitando os últimos momentos daquela festa antes que cada um precisasse seguir seu caminho.
As apresentações em si foram muito divertidas. As equipes íam até a frente, liam o tweet de Peter Molydeux que havia inspirado o seu jogo e então demonstravam seu trabalho. Nenhum deles escapou de ter algum tipo de falha técnica ou outro problema, mas superar os buracos na estrada era parte da diversão.
As diversas sedes em todo o mundo produziram mais jogos do que qualquer pessoa poderia jogar em um único dia. Felizmente, os organizadores do evento, Anna Kipnis, Patrick Keplek e Chris Remo pacientemente coletaram todos os projetos em uma lista enorme no site oficial da maratona. A página tem “apenas” 250 jogos agora e sem dúvidas há muito mais para serem inseridos.
Os vídeos das apresentações também estarão disponíveis na página oficial – eles foram transmitidos ao vivo via Twitch.tv e, eventualmente, serão organizados e arquivados no site.
Se você está curioso para saber que tipos de jogos os participantes criaram, cada um deles está a apenas um download de distância.
Dos que vi, gostei de Coo, que fala sobre um pássaro que tenta salvar empresários do suicídio (este foi um tweet bem popular). No final do jogo (spoiler!) até mesmo Peter Molyneux tenta se matar, farto com o estado da indústria de games moderna. Eu também gostei de Radioactive Multiplayer Baby Rocker Racing, um jogo bonitão que funciona um pouco como o impossível QWOP.
Recidivism foi outro destaque: um jogo em que a animação da morte de cada pessoa que você elimina ecoa na tela até que há tanta coisa acontecendo que você não consegue mais ver para onde está indo.
Outro game interessante foi Breaktris, que é para dois e coloca um jogador de Breakout contra um jogador de Tetris. Cada linha completada no jogo Tetris resulta em uma nova linha no Breakout, mas é possível lançar a sua bola nos blocos de Tetris para causar estrago. Não o encontrei no site, mas tenho certeza que ele aparece por lá em breve.
Há muitos, muitos, (muitos!) outros jogos no site você curtir no site oficial. Aproveite para apreciar abaixo uma ilustração feita por Kari Clark para capturar alguns dos melhores momentos do SF Molyjam.

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